Reuters
Quarta-feira, 17 de dezembro de 2008 - 12h13
TÓQUIO - Pesquisadores japoneses conseguiram reproduzir imagens de objetos observados por pessoas por meio de varreduras em seus cérebros, o que abre caminho para a comunicação mental direta entre os seres humanos.
Os cientistas esperam que a pesquisa, publicada na revista científica Neuron, dos Estados Unidos, venha a ajudar pessoas com problemas de fala ou médicos que estão estudando problemas mentais, ainda que existam questões de privacidade a considerar caso a situação chegue ao estágio em que alguém poderia ler os sonhos de uma pessoa adormecida.
"Quando desejamos transmitir uma mensagem, precisamos mover nossos corpos, por exemplo ao falar ou digitar em um teclado", disse Yukiyasu Kamitani, diretor de pesquisa do projeto, do Advanced Telecommunications Research Institute International, um instituto privado sediado em Kyoto, Japão.
"Mas se fosse possível transmitir informação diretamente do cérebro, surgiria uma forma de comunicação direta na qual a pessoa imaginaria o que deseja dizer, sem que precise se mover", disse Kamitani em entrevista telefônica à Reuters.
Tecnologia como essa poderia abrir as portas da comunicação a pessoas incapazes de falar ou ajudar a visualizar alucinações, o que facilitaria aos médicos o diagnóstico de distúrbios mentais, disse Kamitani.
Quando vemos, a luz é convertida em sinais elétricos pela retina, localizada na porção traseira do globo ocular, e depois processada pelo córtex visual do cérebro.
Pesquisadores de cinco instituições envolvidas no trabalho usaram uma máquina de ressonância magnética cerebral para observar os padrões de atividade do córtex visual.
A equipe de Kamitani calibrou um programa de computador por meio de exames em dois voluntários que visualizaram 400 imagens estáticas em preto, branco e tons de cinza.
Depois, os voluntários tiveram de visualizar diferentes figuras e letras do alfabeto em branco e preto.
O programa de computador que desenvolveram conseguiu reproduzir as figuras e letras que os voluntários haviam visto, ainda que com menos nitidez do que os originais.
"Nesse experimento, reconstruímos imagens do que as pessoas realmente viram, mas considera-se que o córtex visual do cérebro está ativo mesmo quando se imagina algo", disse Kamitani.
O próximo passo da equipe é estudar como conseguir a visualização de imagens dentro das mentes das pessoas, disse ele.
"Queremos saber como nossas experiências subjetivas e sonhos são expressados dentro de nossos cérebros", disse Kamitami, acrescentando que a pesquisa pode levar à produção de imagens de sonhos.
Se a equipe conseguir realizar esse feito, fortes medidas de salvaguarda da privacidade serão necessárias, afirmou o cientista.
"Conforme a precisão aumenta, é possível que a informação do que as pessoas querem manter em segredo possa ser visualizada enquanto estão dormindo."
Os cientistas esperam que a pesquisa, publicada na revista científica Neuron, dos Estados Unidos, venha a ajudar pessoas com problemas de fala ou médicos que estão estudando problemas mentais, ainda que existam questões de privacidade a considerar caso a situação chegue ao estágio em que alguém poderia ler os sonhos de uma pessoa adormecida.
"Quando desejamos transmitir uma mensagem, precisamos mover nossos corpos, por exemplo ao falar ou digitar em um teclado", disse Yukiyasu Kamitani, diretor de pesquisa do projeto, do Advanced Telecommunications Research Institute International, um instituto privado sediado em Kyoto, Japão.
"Mas se fosse possível transmitir informação diretamente do cérebro, surgiria uma forma de comunicação direta na qual a pessoa imaginaria o que deseja dizer, sem que precise se mover", disse Kamitani em entrevista telefônica à Reuters.
Tecnologia como essa poderia abrir as portas da comunicação a pessoas incapazes de falar ou ajudar a visualizar alucinações, o que facilitaria aos médicos o diagnóstico de distúrbios mentais, disse Kamitani.
Quando vemos, a luz é convertida em sinais elétricos pela retina, localizada na porção traseira do globo ocular, e depois processada pelo córtex visual do cérebro.
Pesquisadores de cinco instituições envolvidas no trabalho usaram uma máquina de ressonância magnética cerebral para observar os padrões de atividade do córtex visual.
A equipe de Kamitani calibrou um programa de computador por meio de exames em dois voluntários que visualizaram 400 imagens estáticas em preto, branco e tons de cinza.
Depois, os voluntários tiveram de visualizar diferentes figuras e letras do alfabeto em branco e preto.
O programa de computador que desenvolveram conseguiu reproduzir as figuras e letras que os voluntários haviam visto, ainda que com menos nitidez do que os originais.
"Nesse experimento, reconstruímos imagens do que as pessoas realmente viram, mas considera-se que o córtex visual do cérebro está ativo mesmo quando se imagina algo", disse Kamitani.
O próximo passo da equipe é estudar como conseguir a visualização de imagens dentro das mentes das pessoas, disse ele.
"Queremos saber como nossas experiências subjetivas e sonhos são expressados dentro de nossos cérebros", disse Kamitami, acrescentando que a pesquisa pode levar à produção de imagens de sonhos.
Se a equipe conseguir realizar esse feito, fortes medidas de salvaguarda da privacidade serão necessárias, afirmou o cientista.
"Conforme a precisão aumenta, é possível que a informação do que as pessoas querem manter em segredo possa ser visualizada enquanto estão dormindo."
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